Entenda melhor a diferença entre bonificação e gratificação

post_thumbnail-b83a7f1beb063049fdddb36c287666b7-1110x508

Encontrar forma de reconhecer o bom desempenho dos seus colaboradores é um desafio constante para qualquer empresa. Não por menos, muitos empreendimentos optam por oferecer pagamentos adicionais na forma de bonificações e gratificações. Mas isso, claro, gera uma série de dúvidas. Assim, é muito comum haver questionamentos se há diferença entre bonificação e gratificação.

Por isso, neste conteúdo vamos desmistificar algumas informações sobre esse tipo de benefício tão comum, além de indicar o que a legislação diz a respeito deles, bem como apontar algumas dicas para tornar mais eficiente a distribuição desses adicionais. Boa leitura!

Afinal, existe diferença entre bonificação e gratificação?

Na prática, não existe diferença entre bonificações e gratificações, seja do ponto de vista legislação, seja a partir de quem paga ou recebe tal forma de remuneração. Assim, em geral, bonificação ou gratificação são os nomes de qualquer acréscimo financeiro dado junto com o salário, de forma habitual ou esporádica.

Tal vantagem geralmente é concedida conforme algum bom resultado ou desempenho ou ainda em datas específicas, como o Natal ou o

Embora seja feito sempre por liberalidade do empregador, pode haver acordo entre as partes para que o eventual pagamento de gratificações e bonificações de qualquer natureza seja feito de forma semestral ou anual, conforme determinada meta seja alcançada, por exemplo.

A partir disso, o colaborador tem em mãos um instrumento valioso para reconhecer o bom desempenho dos seus colaboradores, contribuindo para que eles se mantenham motivados.

No mais, tal reconhecimento contribui para um maior engajamento e serve para promover um clima organizacional mais agradável, no qual todos se sentem devidamente valorizados pelos seus esforços na rotina de trabalho. Dessa forma, a empresa torna-se um lugar melhor para se trabalhar e, por consequência, mais atrativo e capaz de reter talento, uma característica indispensável em um mercado cada vez mais concorrido.

O que a CLT diz sobre esse tipo de pagamento?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em seu artigo 457 menciona o conceito de gorjeta como todo valor pago como acréscimo ao salário. Além disso, o primeiro inciso do mesmo artigo menciona que fazem parte do salário eventuais gratificações legais respectivas à função desempenhada e ainda possíveis comissões.

Por fim, a legislação menciona a possibilidade de que o empregador forneça prêmios, na forma de pagamentos em dinheiro, bens ou serviços mediante desempenho acima do esperado. Seja como for, todos os valores de gorjeta, gratificações, comissões e prêmios devem estar descritos na folha de pagamento.

No sentido oposto, determinados auxílios ou pagamentos a título de reembolso não compõem o salário. Entre os exemplos disso estão o auxílio-alimentação ou diárias para viagem.

Se a gratificação for acordada em convenção coletiva ou mediante acordo de trabalho entre as partes, elas não podem ser retiradas a menos que haja outro acerto para tal. O mesmo vale para as chamadas gratificações funcionais, pagas em decorrência da natureza da função ou para aquelas pagas por mais de 10 anos seguidos antes da implementação da última reforma trabalhista.

Em que condições esse benefício pode ser pago?

Por mais que os conceitos de bonificação e gratificação sejam bem amplos e possam ser tratados como sinônimos na rotina de administração de um negócio, vale sempre reconhecer em que circunstâncias eles podem ser pagos e o que caracteriza cada uma das situações mais comuns. A seguir, você confere a descrição de alguns desses pagamentos

Por função/funcional

Normalmente, esse tipo de bonificação é pago a funcionários que acumulam determinado período desempenhando a mesma função. A própria empresa pode definir qual será o intervalo necessário para fazer jus a tal gratificação. Em geral, tal benefício é incorporado permanentemente ao salário.

Por evento

Nesse caso, o valor extra pode ser pago sempre que houver uma data especial. Entre as mais comuns estão celebrações como Natal, aniversário do colaborador ou ainda em ocasiões como casamentos e o nascimento de filhos, por exemplo. Tal ação reforça como a empresa reconhece o esforço do colaborador e está disposta a contribuir com seu bem-estar.

Por balanço/lucro

Já gratificações e bonificações por lucro ou resultado do balanço da empresa, como o próprio nome indica, são pagas quando a empresa apresenta bons retornos financeiros. Em certa medida, essa é uma forma da empresa agradecer o esforço que permitiu que aqueles resultados fossem alcançados e compartilhar parte dos números positivos. Tal reconhecimento também pode estar atrelado ao cumprimento de metas ou determinados objetivos.

Por habilidade

As gratificações por habilidade podem ser pagas sempre que um colaborador adquire uma nova capacidade que contribuirá não só para o desenvolvimento individual, como para o progresso de todo o trabalho desenvolvido na empresa. É o caso da conclusão de um curso, por exemplo.

Como implementar esse benefício de forma eficiente?

Para obter sucesso com a distribuição de bonificações e gratificações, não basta sair distribuindo valores adicionais sem muito critério. Levando em conta alguns aspectos, é possível ampliar a eficiência desse benefício, tornando-o mais interessante para os colaboradores e com melhor retorno para a empresa.

A partir disso, mapeie os interesses e necessidades do time de colaboradores e faça um planejamento para implementar objetivos associados a esse tipo de benefício. Além disso, é fundamental estabelecer regras claras para a dinâmica dos pagamentos adicionais, bem como manter a transparência sobre os valores pagos.

Dessa forma, deve haver uma política específica para a distribuição de todas as bonificações e gratificações, independente da natureza. Em paralelo, todo o passo a passo, desde a implementação até o pagamento e acompanhamento da evolução dos resultados do negócio deve ser registrado.

Assim, fica mais fácil reavaliar de forma periódica a eficiência do benefício e ajustar o que não estiver dando certo. Não se esqueça nunca de ouvir de forma constante os colaboradores, uma vez que qualquer adicional oferecido só tem sentido se envolver a opinião deles, desde o primeiro momento.

Agora que você sabe que na prática não existe diferença entre bonificação e gratificação, fica mais fácil organizar de que forma sua empresa adotará essa forma de incentivo e reconhecimento, sempre com o objetivo de promover um ambiente de trabalho cada vez mais produtivo e que corresponda às expectativas dos talentos que ali trabalham.

Sua empresa já adota algum tipo de gratificação ou bonificação? Conte nos comentários como foi sua experiência com esse tipo de benefício.

Destaques

Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema
Sem Parar Empresas: Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema
8 - Junho - 2020

Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema

Trabalhar bastante, se preocupar com entregas e prazos, respeitar seus próprios limites e ainda lidar com o estresse do dia a dia — o que tu…

Receba nossa newsletter

Gestão de veículos